Não bastasse o esquema de superfaturamento na compra da vacina indiana Covaxin, um outro servidor revelou o esquema de corrupção no pedido de propina na compra da vacina Astrazeneca.
Reportagem do jornal Folha de São Paulo mostra a denúncia feita por Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresentou como representante da Davati Medial Supply, sobre o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, ter pedido para “acrescentar US$ 1 dólar por dose” de vacinas contra covid-19, a serem durante a negociação da Astrazeneca/ Oxford.
Quem pensa que a competição se deu para não deixar João Doria ser o “pai” da vacinação no Brasil está enganado.
O governador de São Paulo negociou com a empresa Sinophaarm da China uma parceria para produzir a Coronavac com o instituto Butantan. A Fiocruz possuía uma parceria para produzir a vacina Astarzeneca/Oxford no Brasil. De uma hora pra outro Jair Bolsonaro decidiu dar o aval para a compra da vacina que está sendo produzida na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Jair Bolsonaro antivacina mudou de ideia apenas para competir com João Dória? O mesmo Jair que Negou a vacina da Coronavac por ser chinesa e negou a da Pfizer por ser cara 81 vezes? Não foi por competição política, nem a pressão da falta de oxigênio em Manaus que fez com que as vacinas fossem liberadas e compradas em Fevereiro.
Foi a Propina!
A reportagem revela que o pedido foi feito pelo diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, indicado ao cargo por Ricardo Barros (PP-RR), líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, e que a compra seria feita através da empresa Davati Medial Supply.
_Por isso aquela lei para liberar a compra das vacinas por empresas.
(Da folha) o representante da Davati afirmou que: “A eu falei que não tinha como, não fazia, mesmo porque a vacina vinha lá de fora e que eles não faziam, não operavam daquela forma. Ele me disse: ‘Pensa direitinho, se você quiser vender vacina no ministério tem que ser dessa forma”.
A Folha perguntou então qual seria essa ‘forma’. “Acrescentar 1 dólar”, respondeu. Segundo ele, US$ 1 por dose. “E, olha, foi uma coisa estranha porque não estava só eu, estavam ele [Dias] e mais dois. Era um militar do Exército e um empresário lá de Brasília”, ressaltou Dominguetti.”
O diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, teve sua imediata demissão após o caso ter sido descoberto.
Fonte folha de Sã Paulo
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